Laje maciça x laje protendida
Entender a diferença entre os sistemas pode ajudar na redução dos custos das obras
Ao se elaborar o cronograma de obras, os sistemas construtivos que serão utilizados devem ser analisados – tanto para compreender a viabilidade econômica quanto técnica do processo. A laje, responsável por transmitir as tensões que nela chegam para as vigas, representa um ponto importante para o andamento da obra. Podendo ser maciças, protendidas, pré-fabricadas, treliçadas, nervuradas, alveolares, e até mesmo, mistas, os sistemas em concreto também utilizam aço na sua composição.
Confira, agora, as principais características de dois dos sistemas mais utilizados:
Laje Maciça
A principal característica da laje maciça é que, além de ser moldada in loco, ela não possui vazios e nem preenchimento com outro material a não ser concreto e aço. “É utilizada quando não há necessidade de vencer grandes vãos como, por exemplo, edifícios de apartamentos”, ressalta Rogério Queiroz Silveira, diretor técnico da Queiroz Silveira Construtora e Incorporadora.
A vantagem da laje maciça, principalmente, quando comparada à laje protendida é que a mesma tem um valor mais acessível e qualquer profissional faz o serviço sem necessitar de mão de obra especializada, de acordo com o diretor técnico da incorporadora. Porém, existe a desvantagem de não conseguir vencer grandes vãos. Em termo de custos, a mais barata costuma ser a laje maciça, mas é necessário realizar um projeto adequado e mensurar os custos de ambos os serviços.
Laje Protendida
A laje protendida possui uma bainha que é colocada dentro da peça (laje ou viga), e dentro dessa bainha é colocado um cabo de aço que é protendido com macaco hidráulico para que haja uma compressão da peça. Em seguida, uma cunha de cada lado segura esse cabo de ação em estado de força de compressão para que o macaco hidráulico possa ser retirado, explica Rogério Queiroz Silveira.
Sua principal utilização advém da necessidade de vencer grandes vãos como, por exemplo, pontes, supermercados, cinemas, alguns edifícios, etc.. Uma diferença importante que pesa na avaliação dos custos e da viabilidade técnica desse processo é que é necessário ter uma equipe especializada para realizar o serviço, diferentemente do que ocorre com a laje maciça. Esse fator deve tornar a laje protendida mais onerosa para a construção.
Normas Técnicas
ABNT NBR – 14859-3:2016 Emenda 1:2017 – Lajes pré-fabricadas de concreto – Parte 3: Armaduras treliçadas eletrossoldadas para lajes pré-fabricadas — Requisitos;
ABNT NBR – 14859-3:2017 – Lajes pré-fabricadas de concreto – Parte 3: Armadura treliçadas eletrossoldadas para lajes pré-fabricadas — Requisitos;
ABNT NBR – 14859-1:2016 – Lajes pré-fabricadas de concreto – Parte 1: Vigotas, minipainéis e painéis – Requisitos;
ABNT NBR – 14859-2:2016 – Lajes pré-fabricadas de concreto – Parte 2: Elementos inertes para enchimento e fôrma — Requisitos;
ABNT NBR – 16421:2015 – Telha-fôrma de aço colaborante para laje mista de aço e concreto – Requisitos e ensaios;
ABNT NBR – 14861:2011 – Lajes alveolares pré-moldadas de concreto protendido — Requisitos e procedimentos;
ABNT NBR – 15522:2007 – Laje pré-fabricada – Avaliação do desempenho de vigotas e pré-lajes sob carga de trabalho
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